Reescrever a história

No começo de 2018, uma foto viralizou nas redes sociais: um garotinho de 8 anos, com os cabelos congelados e mãos inchadas, chegando à escola sob um frio de -9°C, em uma província da China. A internet apelidou-o de “Ice Boy” (Garoto de Gelo) e virou um simbolo da pobreza na China.
A professora tirou uma foto ao vê-lo chegar com os cabelos e roupas congeladas. O garoto andava aproximadamente 4,8 km para chegar à escola, a Zhuanshanbao Primary School, na província de Yunnan. Sua determinação para chegar à escola mesmo tendo de enfrentar condições extremas e seu excelente desempenho escolar geraram uma onda de empatia online.
A comoção internacional e interna motivaram um grande debate, e a redução da pobreza, em áreas rurais, da China se tornou um dos focos do governo – tendo, ainda, repercussão na vida das crianças de Yunnan.
A escola recebeu uma série de doações e investimentos. As salas de aula ganharam equipamentos de calefação e um dormitório foi construído para acolher as crianças que vivem em áreas mais afastadas.
Wang Fuman, agora com 9 anos, não precisa mais andar quase 5 km para chegar à escola, ganhou uma casa nova e continua sendo aluno exemplar.
A força positiva das mídias sociais ao promover interação em grande escala e consciência sistêmica, tem em alguns casos, reescrito a história.

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